Jamie Dimon, CEO do JPMorgan, dá sua opinião sobre o próximo presidente dos EUA sem expressar apoio a nenhum candidato específico.
Por Nupur Anand: Escrito por Nupur Anand
Em Nova York, o CEO da JPMorgan Chase, Jamie Dimon, apresentou uma lista de competências de liderança que considera importantes para o próximo presidente dos Estados Unidos, sem, no entanto, declarar apoio a qualquer candidato em específico.
No artigo do Washington Post publicado na sexta-feira com o título “Nosso futuro presidente precisa recuperar a nossa confiança na América”, Dimon destacou a importância de o próximo líder unir o país em vez de alimentar extremos.
Dimon, que é o líder da JPMorgan desde 2006, foi mencionado juntamente com outros CEOs do setor financeiro como possíveis candidatos a cargos de destaque no governo, como o de secretário do Tesouro.
No final de junho, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou à Bloomberg que, se vencesse a eleição de 5 de novembro, poderia nomear Dimon como secretário do tesouro.
De acordo com uma fonte que preferiu não se identificar, o vice-presidente Kamala Harris teve um almoço com Dimon na Casa Branca em março.
O artigo de opinião de Dimon foi publicado após a Convenção Nacional Republicana em julho e antes da Convenção Nacional Democrata em agosto.
Apesar de ter havido especulações sobre os planos futuros de Dimon, a atenção para seus próximos passos aumentou neste ano, especialmente após o conselho da JPMorgan ter identificado possíveis substitutos, indicando a possibilidade de uma mudança na liderança no futuro.
Dimon é uma figura de destaque em Wall Street, mas sua influência vai além do mundo dos negócios e da economia. O executivo frequentemente se posiciona sobre temas políticos como a liderança dos Estados Unidos, a criação de empregos e a segurança no setor energético.
Dimon enfatizou a importância de a próxima administração presidencial contar com representantes de diferentes partidos políticos e também com líderes do setor privado.
Dimon escreveu que um presidente deve nomear as pessoas mais habilidosas, mesmo que sejam de áreas diferentes ou de partidos políticos opostos, para compor seu gabinete.
Ele mencionou os presidentes Abraham Lincoln, Harry Truman e Dwight Eisenhower como modelos que “nos lideraram com racionalidade e prática”, expressou Dimon.
Dentre as diversas sugestões políticas apresentadas, o CEO destacou a relevância da energia nas relações exteriores.
“É enganoso e auto-destrutivo atrasar projetos de gás natural líquido de longo prazo em Louisiana e Texas quando nossos aliados estão em guerra para proteger sua soberania e democracias e precisam urgentemente de fontes seguras e confiáveis de energia”, afirmou.
Na esfera doméstica da política, Dimon sugeriu que seria viável ajustar as políticas de hipotecas para facilitar o acesso à propriedade residencial para os cidadãos de baixa renda.
Ele também solicitou ao futuro presidente que se esforce para conquistar o apoio de todos os eleitores.
“Dimon enfatizou a importância de não ofender, generalizar, culpar injustamente ou confrontar, mas sim envolver e ter coragem para lidar com as situações.”