O pesquisador dos Estados Unidos afirma que há uma probabilidade de 65% de o fenômeno La Niña se desenvolver durante os meses de julho a setembro.

Por Harhit Verma – escrito por Harhit Verma

De acordo com previsões do governo dos EUA divulgadas na quinta-feira, existe uma probabilidade de 65% de o fenômeno meteorológico La Niña, que se caracteriza por temperaturas frias no Oceano Pacífico, se desenvolver entre julho e setembro.

Essa transição da fase neutra atual entre os padrões climáticos de La Niña e El Niño é esperada para continuar durante o inverno do hemisfério norte de 2024-25, com uma probabilidade de 85% entre novembro e janeiro, conforme informado na previsão mensal do Centro Nacional de Previsão do Clima (CPC).

A interação entre El Niño, La Niña e uma fase neutra geralmente tem uma duração de dois a sete anos, podendo causar incêndios florestais, tempestades tropicais, enchentes e períodos de seca prolongada, afetando os agricultores globalmente.

Segundo Bill Weatherburn, economista especializado em clima e commodities na Capital Economics, regiões onde a produção agrícola é concentrada geograficamente estão mais expostas a elevações de preços em tempos de condições climáticas adversas. Isso significa que os preços internacionais do trigo e do milho tendem a ser menos impactados pelos fenômenos climáticos La Niña ou El Niño.

El fenómeno de El Niño consiste en un aumento natural de las temperaturas de la superficie del Océano Pacífico oriental y central, mientras que La Niña se caracteriza por temperaturas más bajas en el área del Pacífico ecuatorial.

De acordo com o meteorologista Maxar Chris Hyde, a La Nina está associada a um clima quente e seco em várias regiões, incluindo o Centro-Oeste dos Estados Unidos, China e algumas áreas da América do Sul, como Argentina e partes do Brasil, durante o período de cultivo.

Por outro lado, em regiões que incluem a África do Sul (milho), o Sul e Sudeste Asiático (canade-açúcar e trigo da Índia) e a Austrália, a La Niña é favorável devido às chuvas intensas, o que pode beneficiar o desempenho das culturas, embora também represente riscos de inundações, conforme observado por Isaac Hankes, analista sênior de meteorologia do London Stock Exchange Group (LON:LSEG).

Os especialistas em meteorologia notam que essas relações são afetadas pelas condições climáticas e pela força do fenômeno La Niña.

Outras entidades, como a Organização Meteorológica Mundial (OMM) e a agência meteorológica do Japão, constataram o término do fenômeno El Niño e preveem a formação de La Niña neste ano.

De acordo com Jason Nicholls, líder da AccWeather, a transição de El Nino para La Nina pode resultar em uma monção mais chuvosa na Índia, embora a intensidade da precipitação possa ser afetada pelo fenômeno conhecido como IOD (Dipolo de Oscilação Indiana).

Um evento IOD positivo resulta em um verão mais chuvoso de monção, ao passo que um evento IOD negativo resulta em menos umidade e condições mais secas, explicou Nicholls.

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